quarta-feira, 25 de junho de 2008

O Big Bang e os quadrinhos

A Revista Veja desta semana, traz como matéria de capa o Big Bang, a grande explosão que até hoje é a teoria científica mais aceita para a origem da Terra e que tem muitas semelhanças com a maioria dos preceitos das religiões mais conhecidas.

Enquanto lia esta matéria muito bem feita, que explana sobre conceitos complexos, mas de uma forma simples e direta para a maioria das pessoas, lembrei que muitos desses conceitos já foram explorados nas histórias em quadrinhos de super-heróis, as mais populares no Brasil depois das infantis e dos mangás.

O Big Bang, por exemplo, remete ao evento Crise nas Infinitas Terras da DC Comics, lançado em 1985, numa minissérie em 12 edições. O Universo DC até então era composto por várias Terras paralelas que coexistiam em espaços vibracionais contíguos e cada uma tinha uma história diferente da outra. A série começa explicando que na origem do universo, onde deveria ter sido criada uma única Terra, nasceram várias. No final da série, a explosão do Big Bang acontece novamente e apenas uma Terra é criada. Hoje eles mudaram de idéia e estão tentando trazer de volta este conceito abandonado há 23 anos.

Outro conceito utilizado em Crise nas Infinitas Terras é o conflito entre matéria e antimatéria, representadas nos quadrinhos pelo Monitor e o Antimonitor respectivamente. Na realidade os dois universos podem coexistir em harmonia desde que não entrem em contato, porque os dois se anulariam mutuamente.


Este ano entrará em atividade um gigantesco acelerador de partículas chamado LHC – Large Hadron Collider, que tem como objetivo recriar o evento do Big Bang e tentar comprovar teorias como a formulada pelo físico inglês Peter Higgs, que descreve uma partícula chamada Bóson de Higgs, que seria um dos pilares da criação do universo. Segundo Higgs sem ela não existiria massa no universo. Lembrei-me imediatamente de Watchmen, quando o físico nuclear Jon Osterman entra num acelerador de partículas e se transforma no Dr. Manhattan, o único superhumano da HQ. Espero que nenhum cientista cometa esta besteira no LHC, acho que ele não teria muita sorte.

Uma matéria sobre automóveis informa que a Honda lançou o FCX Clarity, um carro movido a hidrogênio que não será vendido, será oferecido a alguns cidadãos escolhidos a dedo e que pagarão mensalidades de leasing durante três anos, devolvendo o carro no final do período, para que a empresa possa avaliar seu desempenho. O carro não será vendido, porque seu custo de produção é de centenas de milhares de dólares, além de o combustível ser caro e a rede de reabastecimento ser restrita. Isso não aconteceria caso o Dr. Manhattan existisse, porque nos quadrinhos ele sintetizava as baterias de lítio dos carros elétricos na quantidade que a indústria necessitasse. Até que a idéia do cientista caindo no LHC não é tão ruim assim, analisando por esse aspecto.

Outro tema desenvolvido na matéria é o dos planetas com vida inteligente. Ora, nos quadrinhos temos todos os tipos de ET’s que se possa imaginar. Na DC temos Durlanianos, Novos Deuses, Ookaranos, Domínions, etc. Na Marvel temos Shiars, Skrulls, Krees, etc. Já na vida real a probabilidade de existirem outros planetas com vida inteligente é muito grande, já a possibilidade de fazermos contato é muito remota.

É isso aí, vamos aguardar a inauguração do LHC em outubro, torcer para que nenhum cientista caia ou se jogue dentro da máquina tentando virar um semideus e para que o Big Bang seja recriado em pequenas proporções porque imaginem só se o Big Bang é recriado explodindo a Terra na seqüência.

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